orar01Estou diante de ti, Senhor, nesta manhã de céu azul e sol resplandecente. Disponho-me a rezar, depois de te saudar e digo:

Pai Nosso… detenho-me e chega até meu coração como um relâmpago a cena em que tu, Jesus, dizia àquele grupo de homens que havias escolhido, que te seguiam e te viam orar.

Perguntaram-te como deviam orar e tu dissestes:

Vós pois, orais assim: “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja teu Nome, venha o teu Reino, seja feita a tua Vontade na terra, como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. E perdoa-nos as nossas dívidas como também nõs perdoamos aos nossos devedores. E não nos exponhas á tentação, mas livra-nos do Maligno” (Mt 6,9-13)

Detenho-me uns minutos para pensar o que estou dizendo, já que, geralmente, essa oração é uma rotina em minha vida.

Seu começo é uma maravilha de grandeza, de força, de ternura… e revelado por ti, Senhor, porque de outro modo, quem se atreveria a chamar de PAI, ao Onipotente, ao Criador do céu e da terra, à Divindade, ao Todo-poderoso, ao que disse: “Eu sou aquele que Sou?”. Pois bem, Jesus, tu és seu Filho, disseste que é assim como O podemos chamar, com plena confiança, com respeito, mas com muito amor: Pai.

Também nos disse que temos que santificar esse NOME, que devemos dar-lhe todo o respeito e a glória de que é merecedor e depois acrescentou um pedido: Venha o teu Reino, esse Reino pelo que Tu te fez homem e é o que vieste a anunciar e que foi o causador da tua morte e nos segues pedindo que recordemos que és também nossa missão anuncia-lo.

E o que segue, que bem o que tu sabes, Jesus! Cada dia, em todos os cantos da Terra há alguém que te diz, ainda com lagrimas nos olhos e o coração partido de dor: seja feita a tua Vontade! Que difícil, como custa deixar tudo em tuas mãos e aceitar a tua Vontade!

E segue outro pedido: O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Que todos teus filhos, sem distinção de raça e credo, tenham o alimento de cada dia, já que te preocupavas e afligia aqueles homens que te seguiam e não tinham o que comer e que tinham fome… e cheio de piedade fizestes um dos milagres mais bonitos. Agora e nossa vez de lutar para que chegue o dia em que não exista a fome nesta Terra.

E o mais importante, que nunca falte TEU Pão, a Eucaristia, que sempre possamos recebe-la, que aumentes nossa fé para amar cada dia mais Tua presença nesse pequeno pedacinho de Pão, onde queres ficar conosco para sempre.

E logo, o pedido da humildade: pedir perdão das nossas ofensas, mas este perdão, leva uma condição. Ah, Jesus, essa condição, tu o sabes por que conhece nosso coração, como nos custa! Olha, vamos colocar ao Pai, o exemplo de que nos perdoe “como nós perdoamos” e nós somos os que sempre dizemos: “eu este não vou perdoar, não posso, me fez muito mal ou é uma pessoa que não suporto, fez-me muito mal e não vou perdoar! … ou perdoa, mas não esqueço”. Ah! Jesus, tu que sabes e lembras que deste até a última gota do teu precioso sangue para que fossemos perdoados e sabes, também, que essa é a condição do amor por nossos semelhantes. Perdoar e esquecer, porque assim é o perdão que Deus, nosso Pai, nos dá. E nós sabemos muito bem como é nosso perdão…

Já vou terminar a oração mais bonita que pudeste nos ensinar, pedindo: “não nos exponhas á tentação”, que sejamos fortes para nos render-nos  aos mil sortilégios e enganos do inimigo desse Deus que tanto nos ama e “livra-nos do Maligno”! Sim, livra-nos desse mal e de tantos males para que não criem raízes em nosso coração, e nos possa distanciar do nosso Deus Pai.

Bendita, como nenhuma, a oração do Pai Nosso, que sendo tão bela a dizemos todos os dias, mas tão rotineiramente que não podemos dar todo o sentido maravilhoso e poder que ela encerra.

Peço-te, meu Jesus, que toda vez que eu rezar esta oração, que tu ensinaste, a faça lentamente, com calma, com amor, sabendo que a dirijo a meu Pai Bondoso que me escuta e me ama.

Graças por estar presente na Eucaristia… graças por: “Teu Pão de cada dia”.