advento81. O deserto: é o lugar onde clama a voz do Senhor à conversão, onde melhor escutar seus desígnios, lugar inóspito que se converterá em pomar, que florescerá como a flor de narciso.

2. O caminho: sinal por excelência do Advento, que leva a Belém. Caminho a percorrer e caminho a preparar para o Senhor. O que é tortuoso se endireita e o que é acidentado, se iguala.

3. A colina: é símbolo do orgulho, da prepotência, da vaidade e da “grandeza” de nossos e categorias humanas, que necessitam abaixar para a chegada do Senhor.

4. O vale: símbolo do nosso esforço por aumentar a esperança e manter sempre a confiança no Senhor. Que os vales se levantem para que possam contemplar o Senhor!

5. A renovação do caule: que florescerá de sua raiz e sobre o que se pousará o Espírito do Senhor.

6. A pradaria: onde habitarão e pastará o lobo com o cordeiro, a onça com o cabrito, o novilho e o leão, enquanto uma criança os guiará.

7. O silêncio: no silêncio da noite Deus sempre se manifestou. No silêncio da noite ressoou para sempre a Palavra de Deus feito carne. No silêncio das noites e dos dias do Advento, nos falará e novo da Palavra.

8. A alegria: sentimento profundo da alegria, a alegria pelo Senhor que vem, pelo Deus que se aproxima. A alegria de salvar-nos. A alegria “porque o cajado do opressor, o jugo de sua carga, o bastão do seu ombro” é quebrado como no dia de Madiã; o regozijo e a alegria “como alegram ao desfrutar da colheita e  ao repartir seus bens”.

9. A luz: do povo da caminhava nas trevas, que habitava as terras sombrias, e se viu envolto na grande luz do nascimento do Senhor. Esta luz expressada hoje em dia nos símbolos catequéticos e litúrgicos na coroa do Advento, que cada semana se acende uma luz conforme se aproxima a vinda do Senhor.

10. A paz: é o dom dos dons do Senhor, a plenitude das promessas e profecias messiânicas, o anúncio e a certeza de que Quem vem é o Príncipe da paz, o árbitro das nações, o juiz de numerosos povos. Das espadas forjaram arados; das lanças, foices. Que em seus dias floresçam a justiça e a paz abunde eternamente.

Todos estes lugares, todos estes símbolos, conduzirão, como um peregrinar, ao presépio de Belém, a grande realidade e metáfora do advento.